domingo, 7 de setembro de 2008

O INÍCIO DA CONGREGAÇÃO



"Então, o Rei dirá aos que estão à direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu, e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim'" (Mateus 25, 34-36) Surgem as primeiras vocacionadas, e assim, a futura congregação tem início Assim, nasceu a “Congregação das Irmãs da Caridade” – fundada pela Madre Teresa de Calcutá - guiadas pela Palavra do Senhor que é eterna, as vocacionadas foram chegando uma a uma... Sem que ninguém as chamasse, sem que nada fosse feito para arrebanhá-las... vinham, como Madre Teresa viera, chamadas pelo Espírito Santo de Deus, que lhes dizia: "Vem e segue-me!". Com um único desejo em seus corações: servir a Jesus, que vive no pobre, no miserável, no doente, naquele que foi abandonado por tudo e por todos! O início da congregação é narrado pela própria Madre Teresa: “Uma a uma, a partir de 1949, vi chegar, jovens que tinham sido minhas alunas. Vinham com o desejo de dar tudo a Deus e tinham pressa em fazê-lo. Despojavam-se, com íntima satisfação, dos seus sarís luxuosos para revestir-se do nosso humilde sarí de algodão. Vinham sabendo que se tratava de algo difícil. Quando uma filha das velhas castas se coloca ao serviço dos párias, trata-se de má revolução para eles. A maior. A mais difícil de todas: a revolução do amor! Uma vida mais regular iniciou-se, então, para a nossa pequena comunidade. Abrimos escolas, enquanto continuávamos a visita aos bairros mais humildes de “lata”. Assim, as vocações foram afluindo e a nossa primeira casa tornou-se muito pequena(...)” Os primeiros estatutos e as regras de vida começam a ser escritos No mesmo ano em que começara a sua missão junto aos pobres, em 1949, (embora aquela que seria a futura congregação ainda não fosse oficialmente reconhecida pela Santa Sé, pois ainda estava em processo de formação) Madre Teresa já começa a escrever os estatutos das futuras “Missionárias da Caridade”, nome dado à sua congregação – estatutos nos quais ela acrescentaria, além dos três votos necessários à qualquer congregação, ou seja: obediência, pobreza e castidade, mais um: “a Caridade.” Não praticam obras sociais, pois são contemplativas. Por isso, contemplam Jesus que vive no próximo “Eu não peço por caridade; eu nunca peço por ela, mesmo no início. Eu vou às pessoas – não faz diferença se sejam hindus, mulçumanos ou cristãos – e digo-lhes: ‘eu estou lhe dando uma oportunidade de fazer alguma coisa bela a Deus.’” “Oferte até que lhe fira”, ela diz. “O amor verdadeiro fere. A cruz feriu Jesus.” Madre Teresa sempre afirmou que o trabalho delas nunca foi e nunca será um trabalho social, pois elas são contemplativas – tendo em vista que os dois pilares fundamentais da sua congregação são: “Jesus Encarnado na Eucaristia e Jesus Encarnado no pobre” - de forma que vão às ruas à procura dos pobres e doentes, para dar-lhes mais que remédios, banho ou alimento, dão-lhes amor, pois contemplam Jesus que neles vive! Por isso, saem às ruas, não ficam esperando que as pessoas venham até elas, elas é que vão até às pessoas percorrendo as ruas. A seguir, as recolhem e cuidam delas, dando-lhes banho, medicamentos, atenção, carinho, leito... dando-lhes oportunidade para se sintam dignas e amadas. As irmãs também vivem a pobreza total, contando apenas com o mínimo necessário à sobrevivência Também as irmãs da caridade despojam-se de tudo, assim podem compreender melhor a situação dos irmãos menos privilegiados. A lista dos seus pertences é pequena: um prato esmaltado e coberto, dois humildes sarís, um jogo de roupa interior simples, um par de sandálias, um pedaço de sabão, guardado numa caixa de cigarros, um travesseiro e um colchão bastante fino, bem como dois lençóis e um balde metálico. De maneira que quando precisarem sair às pressas, em um minuto já estarão prontas. A santidade de Madre Teresa era tão grande, que nem sequer quando estava fora de casa, ela se alimentava, dizia que isso seria um desrespeito para com os seus pobres. Esta serva tão amada por Deus e por todos nós cumpriu, como tão poucos o conseguem, a vontade de Deus em sua plenitude. Assim, foi sendo cada vez mais abençoada por Ele e pouco a pouco, foi nascendo a futura "Congregação das Irmãs da Caridade" (que hoje conta com mais de 700 casas, em mais de 100 países!!!) No dia 7 de outubro de 1950, foi aprovada e estabelecida a nova “Congregação das Missionárias da Caridade em Calcutá

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